Samba sem conservantes nem aditivos. Curtido em madeira nobre, temperado com o perfume sublime do couro. Ao sorvermos este Samba de gole em gole, incensamos nosso espírito que vagueia rumo à felicidade suprema. Bebam, e sejam eternos.



quarta-feira, 3 de setembro de 2008

DESTAMPANDO A GARRAFA - I

Por Ary Marcos

O sambista veste luto
quando um amigo vai,
atravessa a rua com passos em desalinho
e vai batucar diferente
no boteco em frente
bem perto dos olhos da gente.
Impossível ficar contente, há quem tente
mas só consigo ficar indiferente.

O sambista veste branco
quando vai ao gurufin
do amigo que se foi,
que atravessou, alinhadamente,
o espaço atemporal
indo continuar seu samba
num boteco celestial
em qualquer canto do céu,
bem longe dos olhos da gente.
Impossível ficar indiferente
há quem não sinta o ser ausente
mas só consigo ficar contente,
prá sempre.



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