Samba sem conservantes nem aditivos. Curtido em madeira nobre, temperado com o perfume sublime do couro. Ao sorvermos este Samba de gole em gole, incensamos nosso espírito que vagueia rumo à felicidade suprema. Bebam, e sejam eternos.



quinta-feira, 16 de setembro de 2010

O apagar das velas de Zé Keti na Boca do Lixo paulistana

Zé Kéti em foto de Orlando Brito


Por David da Silva

Aniversariante do dia, José Flores de Jesus, o monumental Zé Kéti, passou os últimos oito anos de sua vida entre os butiquins e puteiros conhecidos como Boca do Lixo, no centro da cidade de São Paulo.
O repórter fotográfico Orlando Brito registrou o sambista imortal quando este já estava com 70 anos de idade. O fotógrafo contou no site do jornalista Claudio Humberto como se deu o encontro:
“Estive com Zé Kéti em 1991. Fui fotografá-lo para o livro “Senhoras e Senhores”, parte de uma bolsa que ganhei da Fundação Vitae. Foi em 1991, quando ele decidiu mudar-se para São Paulo. Morava de favor no quartinho de um minúsculo apartamento da Rua Augusta, cedido por uma amiga que batalhava até a madrugada. Durante o dia, estendia na cama o paletó xadrez para desamarrotá-lo enquanto lustrava os sapatos. Por volta da meia noite saía para os botequins da Boca do Lixo, onde cantava para os boêmios as músicas que compôs, em troca da sobrevivência.”

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